Dra. Andrea Magalhães

Especialista Nutróloga e Clínica Geral

JEJUM INTERMITENTE: EVOLUÇÃO E BENEFÍCIOS

O jejum é a abstinência voluntária da alimentação, por razões espirituais, médicas ou outros motivos. A comida está prontamente disponível, mas você opta por não comer. Há uma grande diferença entre passar fome e jejuar; basicamente, porque o segundo ato é voluntário. Tecnicamente, todos nós jejuamos. O período entre uma alimentação e outra é considerado jejum. Portanto, fizemos isso diversas vezes ao longo do nosso dia e das nossas vidas.

Do ponto de vista evolutivo, a espécie humana passou por mais períodos de escassez do que de abundância de alimentos. A fome faz parte da nossa evolução. A medida que as sociedades foram desenvolvendo a agricultura estes períodos de fome foram gradualmente sendo reduzidos e, eventualmente, eliminados. No entanto, muitos povos antigos já sabiam dos benefícios do jejum. Jejuar é uma tradição antiga!

O jejum se desenvolveu através das diferentes culturas e religiões não como uma coisa perigosa, mas sim como algo profundamente benéfico para o corpo e a alma. Os gregos acreditavam que jejuar aumentava suas capacidades cognitivas e mentais. E isto é um fato: após refeições copiosas, uma grande quantidade de sangue é desviada para seu trato digestivo, deixando menor fluxo de sangue para o cérebro, gerando sonolência e torpor. Quando se está em jejum, nossos sentidos de alerta e foco mental naturalmente aumentam.

O jejum começa a aparecer na literatura médica no início do século XX. Porém, nesta época, obesidade e diabetes não eram condições que causavam preocupação.

Estudos em animais e em humanos têm demonstrado que muitos dos benefícios do jejum intermitente não são simplesmente do resultado da redução dos danos provocados pelos radicais livres ou perda de peso. O jejum melhora a regulação da glicose, a resistência insulínica, a resistência ao stress e suprime a inflamação. Durante o jejum, as células ativam caminhos que melhoram as defesas intrínsecas contra o stress oxidativo e metabólico, e aqueles caminhos que removem ou reparam moléculas danificadas.


Durante o jejum, os ácidos graxos e glicerol são convertidos no fígado em corpos cetônicos. Estes, além de serem usados como fonte de energia, são potentes moléculas sinalizadoras com efeitos nas funções orgânicas e celulares, influenciando a saúde e o envelhecimento.

A exposição repetida a períodos de jejum resulta em respostas adaptativas duradouras que conferem resistência aos desafios subsequentes.

Efeitos contra o envelhecimento e a melhora física e cognitiva:

Ao contrário de hoje, nossos ancestrais não comiam regularmente três ou mais refeições ao dia. Passar por períodos prolongados de jejum fez parte de nossa evolução como espécie.

Alguns estudos sobre o efeito da restrição calórica e jejum em animais têm demonstrado aumento da expectativa de vida naqueles submetidos a intervenção. Apesar de não haver estudos consistentes em humanos que cheguem a esta conclusão, sabe-se que o jejum intermitente melhora a resistência insulínica, a obesidade, a dislipidemia, a hipertensão e a inflamação. Portanto, há uma melhora metabólica global. Em animais e seres humanos é demonstrado que períodos de jejum melhoram a capacidade física, uma vez que intensificam a perda de gordura. A elevação dos níveis de hormônio do crescimento durante o jejum preservam a massa magra.

Além disso, já existem alguns estudos em humanos mostrando melhora na capacidade cognitiva e de memória em idosos submetidos a restrição calórica e jejum.

POR

DR. CARLOS BASTIAN

Médico e Cirurgião do Aparelho Digestivo

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