Ao apresentar sintomas de constipação intestinal, devemos aumentar a ingestão de fibras, certo?
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Não é o que sugere um estudo publicado pelo World Journal of Gastroenterology, que teve como principal objetivo investigar o efeito da redução da fibra alimentar em pacientes com constipação idiopática.
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No estudo, analisados 63 casos de constipação após a colonoscopia excluir uma causa orgânica da constipação. Pacientes com cirurgia de cólon anterior ou uma causa médica de sua constipação foram excluídos. Todos os pacientes receberam uma explicação sobre o papel da fibra no trato gastrointestinal. Eles foram convidados a fazer uma dieta sem fibras por 2 semanas.
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A ingestão de fibras, sintomas de constipação, dificuldade na evacuação, sangramento, distensão ou dor abdominal foram registrados em 1 e 6 meses.
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👉RESULTADOS:
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Os pacientes que interromperam ou reduziram a ingestão de fibras tiveram melhora significativa em seus sintomas, enquanto aqueles que continuaram com uma dieta rica em fibras não tiveram nenhuma mudança.
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Daqueles que pararam completamente, a frequência intestinal aumentou de um movimento em 3,75 d (± 1,59 d) para um movimento em 1,0 d (± 0,0 d) (P <0,001); aqueles com ingestão reduzida de fibras aumentaram a frequência intestinal de uma média de um movimento por 4,19 d (± 2,09 d) para um movimento por 1,9 d (± 1,21 d) em uma dieta reduzida de fibras (P <0,001); e aqueles que permaneceram com uma dieta rica em fibras continuaram a ter uma média de um movimento por 6,83 d (± 1,03 d) antes e após a consulta.
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Para os grupos sem fibra, fibra reduzida e alta fibra, respectivamente, os sintomas de inchaço estavam presentes em 0%, 31,3% e 100% (P <0,001) e esforço para evacuar ocorreu em 0%, 43,8% e 100% (P < 0,001).
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👉CONCLUSÃO:
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A constipação idiopática e seus sintomas podem ser efetivamente reduzidos pela interrupção ou até mesmo pela redução da ingestão de fibra alimentar.
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Fonte:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3435786/
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